Por: Sabrina Nascimento
Há 23 anos o mundo celebra o Dia Mundial do Leite em 1º de junho, uma data
criada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para destacar a importância deste alimento.
Ao redor do mundo, o setor lácteo é vital para milhões de pessoas, tanto como fonte de nutrição quanto como meio de sobrevivência. O leite e seus derivados são fundamentais na dieta alimentar, fornecendo cálcio, proteínas, vitaminas e minerais essenciais.
No cenário global, o Brasil desponta entre os cinco principais produtores, ficando atrás apenas da Índia, Estados Unidos e China, segundo levantamento da FAO.
Nacionalmente, a produção leiteira é diversificada, abrangendo desde produtores familiares até grandes conglomerados industriais, tornando a bebida um dos principais produtos do agronegócio. Conforme o último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1.176 milhões de estabelecimentos agropecuários produzem leite no país, distribuídos em todo o
território nacional.
No último ano, as Regiões Sul e Sudeste foram responsáveis, cada uma, por 34% do total de leite produzido, seguidas pelas Regiões Nordeste (17%), Centro-Oeste (11%) e Norte (5%). As informações são do Centro de Inteligência do Leite
(CILeite) da Embrapa.
Em termos de participação estadual, Minas Gerais mantém, consistentemente, a liderança na produção de leite, contribuindo com cerca de 27% do total nacional.
Em seguida, destacam-se: Paraná (14,9%), Rio Grande do Sul (13%), Goiás (11,4%) e São Paulo (8,9%).
Preço do leite ao produtor sobe pelo 6º mês consecutivo
O preço do leite ao produtor atingiu R$ 2,45 por litro em abril, representando um aumento de 5,1% em relação ao mês anterior. Essa é a sexta alta consecutiva, conforme dados do Cepea divulgados na sexta, 31.
No acumulado do ano, há uma valorização de 18,7%, atribuída principalmente à redução na produção de leite, evidenciada pela queda de 0,37% no Índice de Captação Leiteira em abril e uma redução acumulada de 7,8% no ano.
Dia Mundial do Leite: veja mitos e verdades sobre o alimento Para homenagear um dos alimentos mais consumidos em todo o mundo, a
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU)instituiu o 1º de junho como Dia Mundial do Leite. O Brasil é o quarto maiorprodutor global, atrás de Índia, Estados Unidos e China, e a cadeia é formada por mais de 1 milhão de produtores, especialmente da agricultura familiar.
Segundo informações da Embrapa, o início da pecuária leiteira no país foi em 532, com pouco mais de 30 animais de origem europeia. Hoje, a atividade é desenvolvida em mais de 95% dos municípios brasileiros, e a produção gira em torno de 35 bilhões de litros/ano.
Veja alguns mitos e verdades sobre esse nutritivo e versátil alimento:
O leite é considerado um alimento completo? Verdade. O alimento contém em sua composição proteínas, gordura, minerais, vitaminas e carboidratos. Portanto, é considerado completo nutricionalmente.
O leite contribui para ossos mais fortes? Verdade. Embora existam outras fontes naturais de cálcio, como as verduras verde-escuras, o leite é a mais importante, pois conta com a presença de caseino fosfopeptídeos, lactose e proteínas que facilitam a absorção do cálcio. Além do cálcio, o leite contém proteínas, fósforo e outros nutrientes que são essenciais para a saúde óssea, reduzindo o risco de fraturas e prevenindo o aparecimento de osteoporose.
O leite de caixinha tem conservantes? Mito. A legislação brasileira não permite a a ição de nenhum tipo de conservante ao leite. Se isso ocorrer, caracteriza-se crime de fraude.
Leite causa inflamação? Mito. O que temos atualmente de mais robusto, quando pensamos em evidências científicas, é que o consumo de leite e seus derivados tem um potencial anti-inflamatório, ou seja, podem contribuir para a redução de inflamação.
Leite sem lactose é mais saudável? Mito. Os produtos sem lactose possuem a mesma composição nutricional dos lácteos tradicionais. Porém, apresentam lactose já “quebrada”, ou seja, possuem glicose e galactose, alternativas para pessoas com deficiência na produção de lactase.
O leite melhora a qualidade do sono? Verdade. Esse benefício se deve à presença de vários componentes do leite que promovem o sono, incluindo vitamina B12, nucleotídeos e triptofano. Esse aminoácido não é fabricado pelo corpo e modula a produção de serotonina, neurotransmissor que dá sensação de bem-estar. E a serotonina, por sua vez, é usada na produção de melatonina, o hormônio do sono.
O leite reduz os sintomas do estresse? Verdade. O estresse nos afeta de muitas maneiras, com impactos negativos no desempenho cognitivo. Para analisar como alguns alimentos poderiam proteger dos efeitos prejudiciais do estresse, pesquisadores da Universidade de Leeds (Reino Unido) examinaram a ingestão de certos tipos de gorduras, conhecidas como fosfolipídios.
Câmara promove ato sobre importância da cadeia láctea para o País
A Câmara dos Deputados vai sediar, na quarta-feira (5), o evento Grito da Cadeia
Láctea – Uma jornada de luta e celebração do Dia Mundial do Leite. O deputado
Reginaldo Lopes (PT-MG), coordenador do grupo da reforma tributária e um dos
autores da proposta do ato na Câmara, explica que a cadeia láctea garante a
oferta de produtos de alto valor nutricional aos consumidores, além de ser uma
fonte essencial de emprego e renda, pois 99% dos municípios estão envolvidos na
produção de leite.
O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), coordenador da reforma tributária e que
propôs um dos eventos na Câmara, explica que a cadeia láctea garante a oferta de
produtos de alto valor nutricional aos consumidores, além de ser uma fonte
essencial de emprego e renda, pois 99% dos municípios estão envolvidos na
produção de leite.
A principal reivindicação dos produtores está relacionada às regras que
regulamentam a Emenda Constitucional (EC) 132, promulgada em dezembro
passado pelo Congresso e que promove a reforma tributária.
Os produtores argumentam que essa medida incentivaria a produção e ajudaria a manter a oferta de produtos lácteos no mercado, além de promover a inclusão social de famílias produtoras de baixa renda.
Eles defendem que
sejam incluídos produtos lácteos na cesta básica nacional, que tem alíquota zero,
e seja estabelecido um crédito presumido de 100% para produtores de leite não
contribuintes e evitar o imposto seletivo sobre seus derivados.
Atualmente, 22 produtos lácteos têm alíquota zero, enquanto os produtores
recebem um crédito presumido de 50%.
.
O deputado Reginaldo Lopes afirma que a proposta de inclusão dos produtos lácteos na cesta básica nacional está em discussão e deve ser avaliada pela equipe econômica do governo.
Câmara dos Deputados prepara debate para o Dia Mundial do Leite
(osalim.com.br)